
Com a previsão de um inverno rigoroso para este ano, a indústria têxtil da Serra projeta um crescimento de vendas para 2024. Segundo o Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem, Malharias, Vestuário, Calçados e órios (Fitemavest), para as cerca de 800 empresas associadas do setor, as vendas podem aumentar cerca de 10% neste ano em relação a 2023. O dado é informal, levantado pela Fitemavest a partir de uma expectativa das empresas associadas.
Um dos motivos para a expectativa no setor de vestuário é a aproximação com o inverno. A estação mais fria do ano, que começa no dia 20 de junho, pode ter temperaturas mais baixas do que as tradicionais. Isso ocorre em função da transição entre os fenômenos El Niño e La Niña, segundo Eliana Klering, doutora em Agrometeorologia e professora na Universidade Federal de Pelotas (UfPel).
Para encarar as baixas temperaturas, a indústria têxtil está no processo de finalização dos estoques dos produtos que estarão expostos. Além da venda comum, a Serra produz itens que são comprados e revendidos em diferentes regiões.
De acordo com a Fitemavest, o setor gera cerca de 40 mil empregos diretos e indiretos, e o essencial para o sucesso em cada temporada está no acompanhamento das empresas com as tendências que mudam a cada ano.
— A gente espera que se tenha uma venda boa neste ano em função também deste inverno bacana que está se desenhando. Além disso, nós temos toda outra questão que são as indústrias se moldando de acordo com o clima também. Porque a gente precisa disso. Precisamos das indústrias que se moldam, que sejam resilientes, que tenham produtos para todas as estações do ano, não só o inverno, mas todas as estações — conta o conselheiro fiscal do Fitemavest, Elias Biondo.
As produções para o inverno deste ano contam com tons terrosos, cinzas e verdes. De acordo com a proprietária de uma loja de Farroupilha, Claudiane da Silva, os estoques para este ano com as cores da estação já estão expostos com pronta entrega.