• Regularização de veículos sem qualquer vistoria. Inclusive os baixados por demolição ou batidos.
  • Automóveis com problemas para circular, que não seriam aprovados em vistoria, são legalizados.
  • Registro de carros inexistentes, apenas para forjar documentos. A papelada era usada para simular patrimônio e contrair empréstimos bancários.
  • Vistoria e transferência de veículo inexistente, para constar como patrimônio.
  • Em abril, um outro grupo foi desarticulado, atuando de forma similar. Entre os indiciados na época está um servidor graduado do Detran.

    O delegado afirma que tanto os despachantes como o funcionário do CRVA trabalhavam como mercenários, para mais de uma facção, inclusive as que são rivais entre si. Conforme Marcos Souza, criminosos buscam os escritórios de intermediação de serviços automotivos, que aí contatam o servidor do Detran. Esse, mediante senha, consegue adulterar os documentos ligados aos veículos-alvos.

    Para fazer ar por vistoria um veículo clonado ou batido, os criminosos pagam em média R$ 2 mil, informa o delegado.

    A investigação surgiu por meio do monitoramento de facções, de apreensões de veículos clonados que estavam com documentos válidos e também da vistoria das senhas utilizadas.

    — Percebemos um padrão, que foi confirmado a partir de investigações internas do Detran — conclui Marcos Souza.

    O delegado chegou a pedir as prisões preventivas dos três suspeitos, mas a Justiça não as concedeu, com o argumento de que os crimes praticados não envolvem violência. Foram determinadas buscas e apreensões em endereços dos envolvidos e o afastamento deles do trabalho, além da proibição de que se comuniquem. Os envolvidos vão responder a inquérito por peculato (corrupção praticada por funcionário público), estelionato, fraudes diversas e associação criminosa.

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