A investigação começou em abril de 2017, em São Paulo, quando o pai de um menino de 10 anos percebeu que o filho trocava mensagens de conteúdo sexual com Andrio Coletto Bozzetto. Ele levou o caso à Polícia Civil paulista, que rastreou os diálogos e chegou a Porto Alegre, descobrindo que mensagens eram enviadas de computadores da faculdade onde o estudante era aluno.
O estudante foi preso em 19 de setembro de 2017 em um plantão de um hospital na Capital. No apartamento do suspeito, no bairro Bom Fim, em Porto Alegre, foi encontrado um computador contendo mais de 12 mil fotografias de crianças e adolescentes em situação de pornografia. Celular e outros equipamentos também foram recolhidos pelos técnicos do Instituto-Geral de Perícias (IGP), que acompanharam o cumprimento do mandado de busca e apreensão e iniciaram a perícia nos equipamentos ainda no local.
Em março de 2020, o Tribunal de Justiça confirmou a sentença, mas reduziu a pena para 12 anos, nove meses e 20 dias. Foi negado o pedido de desclassificação do crime de estupro.
Em recurso dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, a defesa de Bozzetto conseguiu a desclassificação do crime. Alegando demora da Justiça gaúcha em recalcular a pena do acusado, que já estava preso desde 2017, a defesa obteve a suspensão da execução da pena em dezembro e, com isso, Bozzeto deixou de usar tornozeleira eletrônica.
Contraponto
O que diz Tiago Lima Gavião, um dos advogados de Andrio Coletto Bozzetto:
A decisão do STJ se mostrou mais acertada em relação ao caso. Desde o princípio, a defesa sustentava a necessidade da alteração da capitulação do crime imputado ao réu.