Segundo o Ministério da Saúde, a evolução para quadros graves ocorre em 15% dos casos. A manifestação clássica da leptospirose nesse tipo de paciente é a síndrome de Weil, caracterizada pela chamada tríade de icterícia (tonalidade alaranjada muito intensa - icterícia rubínica), insuficiência renal e hemorragia, mais comumente pulmonar.
O diagnóstico é feito a partir da coleta de sangue no qual é verificado se há presença de anticorpos para leptospirose (exame indireto) ou a presença da bactéria (exame direto).
A limpeza da lama de enchentes deve ser feita com equipamento de proteção, pois a bactéria pode infectar superfícies como móveis, paredes e chão. Para isso, deve-se usar luvas e botas de borracha e lavar o local com uma solução de hipoclorito de sódio a 2,5%, na seguinte proporção: para 20 litros de água, adicionar duas xícaras de chá (400mL) de hipoclorito de sódio a 2,5%. A solução deve agir por 15 minutos.
A hidratação e alimentação também devem ser monitoradas:
— É importante também higienizar adequadamente os utensílios que vamos usar na preparação de alimentos. Pode haver ali alguma bactéria leptospira nesses recipientes. Ferver a água ou usar hipoclorito de sódio (a 2,5%) são medidas que ajudam a diminuir esse risco — acrescenta o infectologista.
O atendimento a pacientes com leptospirose é ambulatorial em casos leves; nas situação graves, a hospitalização deve ser imediata. Segundo o Ministério da Saúde, a antibioticoterapia é indicada em qualquer período da doença, mas é mais eficácia na primeira semana do início dos sintomas. Além disso, na fase precoce, são utilizados doxiciclina ou amoxicilina; para a fase tardia, penicilina cristalina, penicilina G cristalina, ampicilina, ceftriaxona ou cefotaxima.
Na semana ada, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) recomendou a quimioprofilaxia para pessoas que tiveram contato prolongado com água de enchentes, voluntários e equipes de resgate que atuam em regiões de cheia no RS.