— A pessoa responde de forma um pouco diferente à ação dos hormônios masculinos (andrógenos) no couro cabeludo. O cabelo cicla ao longo da vida. Em quem tem alopecia androgenética, no momento em que o cabelo cicla, o folículo se insere em uma região mais superficial, e o pelo produzido pelo folículo vai ficando mais fino — diz Samanta.

Com o ar do tempo, o cabelo vai se miniaturizando: torna-se mais fino e curto, até chegar ao estágio de um pelinho que não cobre mais o couro cabelo.

— Pode acontecer antes da velhice. Nos homens, é até mais comum em uma idade mais precoce do que nas mulheres. Depende muito da genética — complementa a dermatologista.

Quanto à alopecia areata, é uma doença autoimune — as células de defesa do organismo atacam o próprio corpo, neste caso, as células do folículo piloso, que produz a haste do pelo e do cabelo.

— A androgenética é progressiva, já a areata acontece de repente, é súbita. É mais comum que ocorra em placas (áreas de falha no couro cabeludo). A pessoa tem uma propensão para a alopecia areata e, por algum gatilho, como um estresse mais intenso, acaba desencadeando uma resposta autoimune, que causa uma inflamação brusca e forte nos folículos, e o pelo acaba caindo ou quebrando. Fica praticamente sem pelos naquela placa — descreve Samanta.  

A alopecia areata também se apresenta como difusa (de forma mais espalhada, sem áreas totalmente sem cabelos), generalizada (quando caem todos os fios do couro cabeludo) e universal (além de todos os fios de cabelo, perdem-se ainda os pelos do corpo). Outros locais, como barba, cílios e sobrancelhas, também podem ter alopecia.

Tratamento

Para qualquer caso de queda capilar, é fundamental a avaliação de um especialista. No caso da alopecia androgenética, o potencial do tratamento depende da situação no momento do diagnóstico. Será necessária uma intervenção permanente, para a vida toda, pois não há cura, apenas controle.  

— Precisa ser descoberta cedo, e tem de ter bastante paciência — salienta Samanta.

Quanto à alopecia areata, o tratamento combaterá a inflamação e a atividade autoimune, o que permite que o cabelo cresça novamente. Em geral, a queda pode ocorrer em outros momentos futuros. Pelos de outras regiões, como cílios e barba, também são suscetíveis. Se a doença se caracterizar pela perda universal (disseminada), pode, para algumas pessoas, se tornar crônica.

— Chega uma hora em que não nasce mais cabelo. Não quer dizer que o folículo esteja morto, mas a alopecia se cronifica, e não nasce mais cabelo. É o mais drástico — pontua a médica do HA.

Sinais de alerta

É normal perder de 50 a cem fios de cabelo por dia, algo fácil de se notar no banho ou sobre o travesseiro. Se você perceber aumento da queda, é preciso investigar as causas. Busque a orientação de um dermatologista para tirar dúvidas e, se necessário, dar início ao tratamento indicado o mais rapidamente possível.  

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