
Árvores que oferecem risco à rede elétrica de Caxias do Sul estão em processo de supressão a partir desta semana. A medida, denominada Arborização +Segura, é executada pela Rio Grande Energia (RGE), com apoio técnico da prefeitura, e pretende substituir os exemplares em condições irregulares por novos, plantados de maneira adequada.
Tratam-se de árvores que, em contato com a fiação, podem ser eletrificadas ou, diante de temporais, causar interrupções no fornecimento de energia elétrica. Foram mapeadas aproximadamente 70 ruas, localizadas em 22 bairros, para receber o serviço (veja lista abaixo).
À frente da parceria com a concessionária, o secretário-adjunto do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Ramon Sirtoli, afirma que para cada árvore suprimida, outras cinco serão originadas, via de regra, no mesmo local. Caso não seja possível, a reposição é feita em outros pontos escolhidos pela Semmas, como o Ecoparque.
— O que temos hoje são árvores que já estão em contato com a fiação. E não precisam nem ser de um porte extraordinário para isso. Normalmente, ela fica em torno de sete, oito metros. Então, um indivíduo (árvore) de médio porte já consegue alcançar a fiação, dependendo do local. Já fizemos supressão de emergência por choque elétrico em que uma pessoa, ao sair do veículo, tocou uma árvore eletrificada — contextualiza Sirtoli.
Neste projeto, especificamente, a árvore é removida completamente por equipes da RGE. A concessionária faz desde a retirada das raízes até o conserto da calçada.

A Semmas, por sua vez, avalia os pedidos de supressão, faz o licenciamento e indica quais espécie, porte e localidade são adequados para o replantio, em conformidade com o Plano Diretor de Arborização Urbana (Pdau). Entre as árvores recomendadas estão goiaba-serrana, escova-de-garrafa, érica, magnólia-híbrida, camboinzinho, cerejeira-do-japão, abrunheiro e manacá.
Uma etapa do plantio compensatório ocorreu ainda no ano ado no Ecoparque, onde foram dispostas mudas de ipê-amarelo, tibouchinas e cerejeiras.
Em caso de dúvidas ou sugestões, a comunidade pode contatar a RGE, pelo telefone 0800 970 0900, ou a Semmas, por meio do (54) 3901-1445.
Diferença para podas
O Arborização +Segura não prevê podas. Em trabalhos paralelos, contudo, a RGE realiza o afastamento da fiação, com auxílio da prefeitura, que recolhe os resíduos.
No governo, esse serviço está a cargo da Secretaria Municipal de Gestão Urbana: atualmente, são 1,6 mil solicitações de poda e corte situadas entre as etapas de análise e de execução, na pasta.
— A poda é quando fazemos uma melhoria na árvore, cortamos galhos, fazemos a poda de levantamento, deixamos ela mais bonita. O corte é quando há necessidade de supressão, quando a árvore apresenta anomalia ou risco — diferencia o secretário de Gestão Urbana, Rodrigo Weber.
Segundo o Pdau (o livre neste link), a poda é permitida quando:
- Há interferência em equipamentos urbanos, como placas de sinalização de trânsito, postes, luminárias, rede elétrica e semáforos;
- Há impedimento da visibilidade do trânsito;
- Resulta em ataques de pragas, parasitas ou doenças;
- Há necessidade de remover galhos secos ou mal distribuídos;
- Há risco de queda comprovado por órgão competente.
No cumprimento de algum desses pré-requisitos, podem executar a poda funcionários da Semmas, da concessionária responsável pela rede de energia elétrica e da Secretaria Municipal de Obras (SMO); pessoas físicas ou jurídicas autorizadas pela Semmas; e Corpo de Bombeiros.
O Pdau elenca que a poda não pode deixar a copa da árvore em desequilíbrio ou esteticamente prejudicada, seguindo normas dispostas na lei. É vedada a poda drástica ou excessiva, como o corte de mais de 50% do total da massa verde da copa, afetando o desenvolvimento natural do vegetal.
Os instrumentos permitidos para a intervenção variam entre tesoura de podar, podão, serrotes, serras, motopodas e motosserras. Facão, foice e machado são proibidos.
Por considerar como espécies "exóticas invasoras", o Pdau proíbe o uso na arborização urbana de acácia-negra, ligustro, pinus e uva-do-japão.
Vias listadas para "Arborização +Segura"
- Rua 21 de Setembro
- Rua Alceu Wamosy
- Rua Alcides Ernesto Affonso
- Rua Alcides Nunes
- Rua Alfredo Milani
- Rua Angelina Michielon
- Rua Ângelo Brustolin
- Rua Antônio Broilo
- Rua Antônio Gattermann
- Rua Antonio Guido Perotoni
- Rua Apoteose
- Av. 13 de junho
- Av. Mariland
- Av. Rio Branco
- Avenida Serrano Santo Antônio
- Rua Bento Gonçalves
- Rua Bortolo Zani
- BR-116
- Rua Caetano Petinelli
- Rua Cavalieri Ambrógio Cipolla
- Rua Cesare Cambruzzi
- Rua Claudino Susin
- Rua Conde D'Eu
- Rua Dalla Santa
- Rua Danilo Antônio Bridi
- Rua das Araucárias
- Rua das Gardênias
- Rua das Videiras
- Dep. Nadyr Rosseti
- Rua do Presépio
- Rua dos Cinamomos
- Rua dos Ipês
- Rua dos Jacarandás
- Rua Dr. Félix Spinatto
- Estrada Municipal Santo Bortolini
- Rua Fabio Stalivieri
- Rua Fiorindo Fochesato
- Rua Flávio Chaves
- Rua Flecha
- Rua Francisco Lorenzi
- Rua Gen. Alexandre Moss dos Reis
- Rua Guilherme Moratelli
- Rua Guilherme Moz
- Rua Inocente Bortolanza
- Rua Inocente de Carli
- Rua Ítalo Raul Boff
- Rua João Alberto Dambroz
- Rua José Vidor
- Rua Júlio Calegari
- Rua Líbera Rizzo
- Rua Luiz Maltauro
- Rua Luiz Scopel
- Rua Luiz Veronesi
- Rua Maj. Adauto Cruz
- Rua Manoel Pedrotti
- Rua Nino Marsiaj
- Rua Othelo Rosa
- Rua Paul A. Harrys
- Rua Pedro Américo
- Rua Pedro Olavo Hoffmann
- Rua Primitiva Zatti
- Rua Rodolfo Félix Laner
- Rua Rosangela Terres
- Avenida Sírius
- Travessão Leopoldina
- Travessão Solferino
- Rua Urbano Marietti
- Rua Tronca
Fonte: Rio Grande Energia (RGE)