
O primeiro contrato da Marcopolo para fornecimento de veículos para o sistema People Mover, que muita gente conhece por aeromóvel, assinado neste mês, materializa a diversificação que a companhia vem buscando. Esta afirmação de Petras Amaral Santos, gerente executivo da unidade de negócio Marcopolo Rail, uma das mais recentes da marca, ajuda a explicar a importância deste negócio. Os três veículos que marcam o início desta história serão fabricados em Caxias do Sul, onde a empresa construiu o seu centro de desenvolvimento nesta nova área.
— A partir do contrato, começa a preparação para a produção que deve ocorrer nos próximos meses. Estamos organizando compra de materiais, planejamento, fabricações de componentes... Para quando iniciar a montagem, ter tudo conforme as especificações do cliente.
O contrato foi firmado com o Consórcio AeroGru, para fornecimento de três veículos que circularão entre os terminais do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e a estação do metrô Linha 13 Jade, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos do Estado de São Paulo.
Segundo Santos, a fabricação dos veículos ocorrerá em uma planta específica nova dentro do complexo produtivo de Ana Rech. É o mesmo pavilhão reservado para a Marcopolo Rail desde o lançamento do Prosper VLT, que é um veículo semelhante mas que atua no solo.
O contrato prevê o fornecimento de três veículos Marcopolo Auster A-200, compostos por dois carros articulados, com capacidade de 200 ageiros e funcionamento autônomo. A opção por Caxias para a fabricação, em vez de uma unidade do Sudeste mais próxima de Guarulhos, o que seria o caso de São Mateus (ES), tem relação com a sinergia e as especificidades deste tipo de veículo que conversam mais com o que já é produzido em Caxias, segundo o executivo da Marcopolo Rail. É a planta de Caxias que está estruturada para atender o segmento ferroviário.
Atualmente, a divisão tem 20 pessoas atuando exclusivamente na produção de veículos sobre trilhos para o transporte coletivo, mas várias áreas da Marcopolo trabalham para ar as operações. E Amaral destaca que a companhia estuda ampliação da capacidade e linhas de montagem. Sinal de que novos contratos podem vir por aí, até pela projeção internacional com o negócio em Guarulhos.