
O Ministério Público de Berlim anunciou nesta terça-feira (29) o fim de uma investigação contra o vocalista da banda alemã Rammstein, Till Lindemann, acusado de assédio sexual. "A avaliação das provas disponíveis (...) e a audiência das testemunhas não permitiram estabelecer que o acusado teve relações sexuais não consensuais com mulheres", afirmou o órgão.
O caso começou no final de maio, quando uma irlandesa de 24 anos responsabilizou o cantor do grupo de heavy metal de tê-la drogado e assediado sexualmente após um show no mesmo mês na Lituânia. A investigação começou em junho.
Na época, outras jovens também prestaram depoimentos e relataram acontecimentos semelhantes. Segundo esta versão, as fãs da banda que ficavam nas primeiras filas dos shows eram filmadas ou fotografadas para que Lindemann pudesse "analisá-las". Posteriormente, algumas eram escolhidas por ele e convidadas para festas.
Diante dos relatos, a ministra da Família, a ecologista alemã Lisa Paus, chegou a propor a criação de áreas que pudessem blindar as mulheres nos shows, assim como a presença de equipes de conscientização para lidar com suspeitas de abusos.
O vocalista de 60 anos negou os atos por meio de seus advogados. As denúncias geraram protestos antes dos shows do Rammstein em diversos países, bem como o cancelamento de festas após as apresentações da banda na Alemanha.