Nós queremos o quanto antes, depois de sancionado pelo governador. Já estamos preparados para colocar em prática. O quanto antes porque a janela que o calendário agrícola, para fazer a recuperação do solo, não espera.
Qual é o caminho que os produtores que têm interesse em obter esse recurso deverão trilhar?
A inscrição vai ser aberta assim que tiver regulamentado e lançado o programa. A Emater vai abrir as inscrições. O conselho do programa vai escolher os produtores juntamente com entidades, para que a gente já comece a colocar em prática.
Neste momento, foram disponibilizados R$ 903 milhões para essa recuperação, mas se trata de uma parte do programa, né?
Nós temos 12 meses para podermos executar esse orçamento. Nós vamos ainda alocar mais recurso do próprio Fundo de Recuperação do Estado, que é um fundo exatamente destinado para estas finalidades. Depois, digamos, já no futuro, tem que se fazer um planejamento dentro do orçamento para o programa continuar, porque o nosso objetivo é realmente de nós fazermos um programa de Estado, não é um programa desse ou daquele governo, desse ou daquele partido.
E por que começar com a agricultura familiar? Existe algum estudo para isso? Porque foi uma catástrofe que não escolheu tamanho nem módulo. Atingiu todo tipo de perfil de produtor.
Mais de 70% das propriedades vêm da agricultura familiar. E a agricultura familiar é cuidada pela secretaria que eu represento. E nós também queremos, para que esse programa tenha um resultado medido na prática, criar o marco zero do programa para identificar os ganhos do produtor e esses recursos aplicados. E eu entendo que é aí que vem o detalhe, esse programa vai se estendendo cada vez mais e essa ideia, digamos, vai ser comprada também pelo médio, pelo grande, porque a recuperação de solo é feita a todos os anos. Na verdade, esse nosso programa vai ser projeto individual de cada produtor, dentro da propriedade.